É comum em Portugal, entre algumas elites e no que poderíamos designar de intelligentsia, a convicção de um problema de dificuldades de desenvolvimento, ou de subdesenvolvimento, desde pelo menos dois séculos atrás. Incluo-me no grupo dos que pensam desse modo, sem a presunção de grandes conhecimentos em matéria de história económica, social e política. Estas dificuldades, com consequente “atraso” e múltiplas manifestações de insatisfação, afiguram-se-me uma evidência, antes de me atrever a atribuí-las a grandes conhecimentos de índole científica ou mesmo filosófica.