Na viragem do século, o nosso país estava em alta. Entre 1974 e 2000, Portugal estabeleceu uma democracia, entrou na União Europeia, construiu infraestruturas, criou um Estado social, e cresceu mais do que a média na União Europeia. No final do século passado, fizemos uma exposição mundial para celebrar, aprofundámos a integração na União Europeia com o Tratado de Lisboa, e adotámos o euro como moeda. Desde então, tivemos estagnação. O país caiu no pântano com Guterres, ficou de tanga com Barroso, foi à bancarrota com Sócrates, teve austeridade com Coelho, e poucochinho com Costa. Tudo combinado, se Portugal e a União Europeia como um todo começassem do mesmo ponto de partida em 2000, hoje estaríamos 7% atrasados (medido pelo PIB real per capita). Em relação antes aos 19 países da zona euro, que incluem a estagnada Itália, a Alemanha que começou o século como o homem doente da Europa e a quem nos últimos dois anos tudo correu mal em termos económicos, e a França que não ata nem desata, então no final de 2023 estamos basicamente iguais. Como não estávamos no mesmo ponto de partida em 2000, mas antes bem atrás, significa que não recuperámos nada. Em relação ao outro lado do Atlântico, o atraso é ainda maior, e é melhor nem olhar para o Sudeste asiático.
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