Passos Coelho já pairava sobre a campanha e não era por causa da sua ausência ou das teses que defendem que pode ser o senhor que se segue em caso de desaire de Luís Montenegro. Pairava porque parte da direita tem saudades dele e toda a esquerda gosta de o recordar. Os primeiros acreditam que ele consegue recuperar parte do eleitorado perdido para o Chega e quase todo o que foi para a IL e têm, em parte, razão. Os segundos acreditam que ele perde na comparação com estes oito anos de governo e parece-me que têm ainda mais razão.
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A AD foi ofuscada pela PàF aditivada de Chega
Passos mobiliza e recorda. Para a esquerda, uma imagem vale mais do que mil palavras na tentativa de colar Montenegro a um mau período. Para a direita, reconquista algum eleitorado perdido para IL e Chega. Mas a associação entre imigração e insegurança, para alem de errada, repete o erro da cópia normalizar o original, dando-lhe força. Passos dramatiza a campanha. Só que a dramatização também funciona do outro lado. Fez o tempo andar para trás, o que não é bom para Montenegro