Quando era pequeno, o meu animal preferido era o macaco, talvez influenciado pela Cheeta do Tarzan, pelo chimpanzé dos filmes de Clint Eastwood ou para essa referência televisiva entretanto esquecida que era a Roxana Banana. Da minha primeira visita ao Jardim Zoológico, tinha eu seis anos, o que recordo com maior vivacidade é a aldeia dos macacos, embora também guarde vagas recordações do elefante que tocava a sineta quando recebia comida ou recebia comida quando tocava a sineta e do tétrico cemitério dos cães (ou dos animais de estimação em geral) que me encheu de uma angústia precoce. Agora que penso no assunto, também recordo a visita à zona dos répteis e do medo que senti ao ver os crocodilos lá em baixo, com os seus olhos pétreos, pérfidos e imóveis, como se esperassem que do céu dos homens uma criancinha lhes caísse para o almoço.
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67. Palavra da semana: macaco
A evolução fez-nos perder as vantagens de ser macaco, por muito que determinadas expressões populares como “sorte macaca” ou “morte macaca” nos queiram convencer do contrário