Exclusivo

Opinião

O notável caso de Joe Rogan

Tem o podcast mais ouvido no mundo. Ao fim de 2000 episódios, é acusado de tudo e do seu contrário. A sua defesa é que é “pouco esperto”

Resolvi ir a um Campo Pequeno cheio ver Jordan Peterson, o psicólogo canadiano guru antiwoke da salvação da masculinidade, na esperança de ter um tema para uma cronicazinha, mas levei de novo com uma aula de psicologia com tiradas de autoajuda e dissertações bíblicas. A dada altura, afirmou: “Joe Rogan, o mais influente jornalista de todos os tempos.” E disse para comigo que chegara o momento de escrever sobre Joe Rogan. E se tenho andado a fugir, é porque é alguém difícil de definir — embora não faltem libelos transitados em julgado. Quem é Joe Rogan? Bem, é um podcaster. Grava uma conversa com um convidado, que depois é disponibilizada na plataforma Spotify, bem como alguns trechos em vídeo no YouTube. Rogan é comentador de MMA, ex-apresentador do “Fear Factor”, é stand-up comedian. E tem o tal podcast — “Joe Rogan Experience” (JRE) —, que começou em 2009 e já fez mais de 2000 episódios que duram entre duas a cinco horas. Atenção: é o podcast mais ouvido no mundo e de longe o mais ouvido nos Estados Unidos, com, no mínimo, 9 milhões de ouvintes por episódio, quase o dobro da audiência combinada da Fox News, CNN e MSNBC. Também em Portugal está sempre nos tops.

.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.