Depois de salientarmos a indignação pela dor em si e pelos silêncios insuportáveis em relação a essa dor judaica, importa agora pensar na estratégia. Israel tem à sua frente um mapa, a América pós-11 de Setembro, que não pode seguir. Na reação às atrocidades do 11 de Setembro, a América não foi capaz de recordar a lição estratégica de Aron e de tantos outros: o efeito emocional do terrorismo é inversamente proporcional à sua força e importância estrutural. O terrorismo rebenta com as nossas emoções, mas não pode rebentar com a nossa capacidade para pensarmos de forma fria.
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11 de Setembro/7 de Outubro: Israel não pode cometer o erro dos EUA
Se invadir Gaza para limpar este território de todos os elementos do Hamas, Israel vai ter o problema que os americanos tiveram no Afeganistão e Iraque: e depois? Quem é que ocupa o vazio de poder? No Afeganistão voltaram os mesmos, no Iraque viveu-se mais de uma década da mais absoluta anarquia que gerou algo muito pior do que Saddam, o Isis, cuja violência doentia e nazi é agora imitada pelo Hamas