O editorial do jornal israelita Haaretz no domingo, 8 de outubro, titulava: “Netanyahu é responsável por esta guerra Israel-Gaza”. Depois de citar a escalada de violência na mesquita Al-Aqsa ou anexação sucessiva de território da Cisjordânia, com a continuação da expulsão do povo árabe colonizado, o editorial explicava esta responsabilidade com a “horrível coligação e o golpe judicial promovido por Netanyahu, e para o ataque a altos funcionários do exército e serviços de informação, vistos como opositores políticos. O preço foi pago pelas vítimas da invasão no Neguev ocidental”. Não terá sido fácil escrever isto depois da mortandade do fim de semana – e escrevê-lo em Israel. No entanto, precisamos de conhecer estas vozes. Perceber para condenar e evitar a continuação da guerra seria certamente proibido, se obedecessemos aos belicistas que renasceram agora entre nós, desde o Afeganistão e o Iraque que andavam perdidos na bruma, mas o obscurantismo é mau conselheiro.
Exclusivo
E se olhássemos para dentro do apartheid em Israel?
Desde 2007 que Gaza é uma prisão ao ar livre. As táticas de guerra, de um lado e de outro, continuam a ser as mesmas, se bem que desta vez a dimensão do ataque mostrou fragilidades que deixaram em pânico os comandos israelitas. Depois disso, o mesmo de sempre