Sim, é verdade! Arrisco-me a dizer que a totalidade dos psicólogos e psicólogas estão preocupados consigo, pois reza o passado recente que alguém, ou um conjunto de iluminados, no Governo de Portugal, achou que uma profissão de enorme relevância para a saúde pública, para a saúde do cidadão pode ser realizada por qualquer um, sem necessidade de formação especializada ou de uma bússola que oriente, ética e tecnicamente, a prática da profissão.
Haverá quem, erradamente, alimente a ideia de que as ordens profissionais existem para defender os interesses corporativistas e para que os seus membros se vão protegendo uns aos outros numa promiscuidade incessante. Contudo, na verdade, uma ordem profissional deve existir enquanto organização representativa da profissão, com o dever único de zelar pela segurança dos clientes a quem os seus membros prestam serviços, bem como de assegurar a responsabilidade de promover o desenvolvimento da profissão na prossecução do interesse público.