Este texto não é uma crítica de televisão ou de cinema. Deixo isso para outros. É sobre a uniformização do mundo que o entretenimento global, que prometia o oposto, nos vai oferecendo.
A história de meia tonelada de cocaína com um grau de pureza de 80% que deu à costa em Rabo de Peixe, nos Açores, está há anos a pedir para ser ficcionada. Quem o fez tem esse mérito: o de saber que a realidade supera quase sempre a ficção e que há mundo para lá do bairro onde vivem os criadores. O resto só é interessante pelo que diz sobre a indústria do entretenimento.