Quando se concorda com a revolta do povo, ela é democrática. Quando se discorda, o povo polarizou-se. A conveniente tese da polarização deixa a esquerda, que nunca foi tão moderada, num dilema: se se revolta e tem a companhia da extrema-direita oportunista, é sua aliada; se desiste dos seus combates de sempre e os entrega à extrema-direita, ajuda-a. Quase 70% dos franceses estão contra a reforma da Segurança Social imposta por Macron ao Parlamento, no meio de uma crise. Boa parte votou nele, na segunda volta, para evitar a polarização. Até fingiu acreditar que ele passaria a governar em diálogo.
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