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Opinião

Eucalipto, por onde andaste no verão passado?

O eucalipto, uma espécie por muitos abusivamente chamada de incendiária, tem uma presença relativamente modesta no ranking da área de floresta ardida em 2022

Francisco Gomes da Silva

Apesar da chuva destes últimos dois meses, o ano de 2022 foi um ano muito seco, como secos já tinham sido os quatro anos anteriores. Acresce que, ao longo destes cinco anos de seca, vastas áreas de floresta e matos do nosso território, nomeadamente as áreas ardidas em 2017 e 2018, foram completamente abandonadas, agudizando-se visivelmente o problema da sua falta de gestão. Assim, no final da última primavera, as enormes quantidades e as condições de humidade do combustível acumulado em manchas muito significativas do território nacional levavam a que temêssemos o pior em matéria de incêndios florestais. Certamente que muitos desejámos que o verão fosse passar os meses seguintes a outras paragens. Tal não aconteceu: manteve-se a seca até setembro e chegámos ao fim de outubro com um total de 111.860 hectares de área ardida, entre áreas de floresta (50%), áreas de matos (36%), áreas agrícolas e de pastagens (11%) e outras áreas (3%).

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.