A ideia de se ficar jovem para sempre é muito atraente. Aquela fase da adolescência em que temos resposta para todos os problemas do mundo — salvo, talvez, os sentimentais — e em que qualquer erro é levado à conta da inocência ou ingenuidade é extraordinária. Fica bem na literatura juvenil, onde os heróis nunca envelhecem; na poesia, na ficção científica e nas utopias, em geral. Na política, esta espécie de ‘peterpanismo’ já é irritante. Sobretudo quando há gente crescida que gosta de fazer o que os meninos dizem.