A crise política dos oito dias por causa da carreira dos professores - mas que ficou resolvida logo nos primeiros três quando a direita recuou -, afinal, não existiu. Quem chegasse de Marte e ouvisse o debate quinzenal desta segunda-feira com o primeiro-ministro, aterrava num planeta sem dramas: era a modernidade das disquettes em relação às cassetes, foram as dívidas do Estado a várias entidades debatidas em tom morno e institucional, era o “desplante” de Joe Berardo perante a Assembleia da República, foi a nacionalização do SIRESP - como se a última semana e meia tivesse sido apagada da memória e dos registos nacionais (talvez Orwell se lembrasse de fazer uma coisa destas, mas estamos no domínio da realidade e não da ficção). Foi tudo política corrente e habitual, para todos nos esquecermos de que nos últimos dias a política não foi habitual nem corrente.
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