Exclusivo

União Europeia

“Para se ser rico basta ser amigo de Viktor Orbán”: um retrato negro do Estado de Direito na Hungria, traçado no Parlamento Europeu

Desde que Viktor Orbán passou a exercer o cargo de primeiro-ministro, em 2010, a Hungria decaiu 44 lugares no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa, mas eurodeputados e académicos garantem que a deterioração da liberdade é muito mais ampla. Orbán diz que a unidade da UE não significa que “todos se devam calar”

A apresentação do plano para os últimos três meses da presidência húngara no Conselho da União Europeia (UE) espoletou novas discussões no Parlamento Europeu sobre o desrespeito pelo Estado de Direito na Hungria. O valor fundamental da UE “está a arder” com a impunidade da Hungria, denuncia Tineke Strik, eurodeputada neerlandesa do grupo Verdes/Aliança Europa e relatora principal de um procedimento contra o país, que corre desde 2018; no mesmo local, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán afirmou que só consideraria as acusações se fossem feitas pelo grupo político Patriotas pela Europa, que o próprio fundou no Parlamento Europeu.