Melhorar a competitividade da União Europeia (UE), reforçar a política de defesa, incentivar o alargamento, combater a imigração irregular, alterar a política de coesão, centrar a política agrícola na UE e enfrentar o problema demográfico. São estes os sete eixos que Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, apresentou enquanto prioridades da presidência húngara do Conselho da União Europeia. Ouviu-se a música “Bella Ciao” (que se tornou um símbolo de resistência), após o seu discurso, vaias e aplausos e a maioria dos partidos não pouparam críticas.
É com o lema de “tornar a Europa grande de novo” que Orbán exerce a presidência rotativa do Conselho da União Europeia desde julho até dezembro. “A União Europeia tem de mudar e gostaria de vos convencer disso hoje”, disse ao iniciar o seu discurso. A presidência implica “responsabilidades políticas”, como tal a Hungria “quer ser a catalisadora da mudança” na UE através de “propostas para a prosperidade e paz”.
Durante o debate com os membros do Parlamento Europeu (PE), o primeiro-ministro húngaro relembrou que é a segunda vez que exerce a presidência desta instituição europeia. “Se calhar, quando for a terceira também [serei eu], o otimismo não nos falta”, afirmou em conferência de imprensa de antevisão a este debate. “A única forma de aceitarem a presidência húngara é lembrarem-se que houve uma primeira vez e correu tudo bem”, afirmou ao acrescentar: “se confiaram em mim uma vez, confiem uma segunda”. Garantiu ainda ter falado com a França, Alemanha e Itália sobre as expectativas e planos para os seis meses da presidência húngara.