A Eslováquia vai a votos já este sábado, enquanto a Polónia tem legislativas marcadas para 15 de outubro. Ambos os países têm dado sinais de recuo no apoio à Ucrânia.
No caso polaco, o partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS) precisa do voto rural para continuar no poder. À revelia da Comissão Europeia, manteve o embargo à entrada de cereais ucranianos no mercado nacional. Na Eslováquia, o antigo primeiro-ministro Robert Fico, que segue na frente das sondagens, já garantiu que não enviará “nem mais uma bala” para Kiev, classificou as sanções contra Moscovo como “inúteis” e prometeu vetar qualquer pedido de adesão da Ucrânia à NATO.
À margem de um encontro do Partido Popular Europeu, em Split, na Croácia, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, salientou ao Expresso a importância da “coordenação” entre os Estados-membros, “em detrimento de ações unilaterais”. A menos de nove meses das eleições europeias e com a previsível entrada de novas forças extremistas e o reforço das já existentes, prefere focar-se no debate que a nova configuração do Parlamento Europeu exigirá do que na eventual maior dificuldade em discutir questões essenciais no espaço europeu.