Diogo Martins mudou-se para o Reino Unido em 2016, o ano do referendo sobre a permanência do país na União Europeia (UE). Médico de formação, foi fazer o mestrado em Saúde Pública e chegou em setembro, depois de, a 23 de junho desse ano, 51,9% dos britânicos terem votado pela saída – ou seja, pelo Brexit. Atualmente, é presidente da PARSUK – Portuguese Association of Researchers and Students in the UK (Associação Portuguesa de Investigadores e Estudantes no Reino Unido), que na terça-feira apresentou o relatório Projeto de Mapeamento Portugal-Reino Unido (PUMP) no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, descrito como “o primeiro passo na investigação em curso sobre colaborações científicas internacionais, especificamente no âmbito da relação bilateral” entre os dois países.
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Colaboração científica entre Portugal e Reino Unido: da “incerteza” do Brexit aos desafios do financiamento e da burocracia
Muitos investigadores pensam em obter dupla nacionalidade, diz ao Expresso o presidente da Associação Portuguesa de Investigadores e Estudantes no Reino Unido. Na apresentação de um relatório sobre cooperação científica, investigadores dos dois países convergem na análise: falta financiamento e sobram problemas burocráticos e outros decorrentes do Brexit. O embaixador britânico e a ministra da Ciência saúdam o regresso recente do Reino Unido a projetos europeus de investigação