Está em curso uma remodelação do Governo do Reino Unido, desencadeada pela decisão de Rishi Sunak de demitir a ministra do Interior. O afastamento de Suella Braverman acontece na sequência da polémica relacionada com um artigo crítico da polícia britânica publicado na semana passada sem a aprovação do primeiro-ministro.
No artigo, Braverman acusou a polícia de “favoritismo” por permitir uma manifestação pró-palestiniana no sábado, a qual descreveu como “bando de pró-palestinianos” e “manifestantes pelo ódio”. Vários políticos consideraram que a posição contribuiu para os confrontos violentos de grupos de extrema direita com a polícia em contraprotestos à manifestação, que resultaram em 126 detidos.
Para o lugar de Braverman salta James Cleverly, que ocupava a pasta dos Negócios Estrangeiros. Segundo o diário “The Telegraph”, o novo chefe da diplomacia britânica será o ex-primeiro-ministro David Cameron (2010-16).
Para tal, Cameron terá de ser nomeado para a Câmara dos Lordes. É que para pertencer ao Governo, no Reino Unido, é preciso ser membro do Parlamento. Não sendo deputado desde 2016, a forma de permitir que seja ministro é elevá-lo à câmara alta.