“Os lacaios do Irão em Gaza, os seus discípulos no Líbano, a Guarda Revolucionária Iraniana estacionada às portas dos Montes Golã [na então Síria de Assad], estes três tentáculos de terror estão a asfixiar Israel.” Eis o que dizia há dez anos o primeiro-ministro israelita, perante o Congresso americano, quando tentava convencer a administração Obama a não avançar com o acordo nuclear com o Irão.
Benjamin Netanyahu continua a discursar perante congressistas americanos, mas o Médio Oriente está radicalmente diferente. “Não há dúvida de que o círculo de fogo, o eixo do terror, o eixo da resistência, ou como queiram chamar aos tentáculos iranianos na região já não existe”, opina Nadav Eyal, conhecido jornalista israelita. Vinte meses depois do terrível ataque terrorista do Hamas em solo israelita (7 de Outubro de 2023), que vitimou 1200 pessoas, o Médio Oriente está muito diferente. Netanyahu lançou uma ofensiva regional que esmagou o Hamas em Gaza, destronou o Hezbollah no Líbano, contribuiu para a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria (o que uma guerra civil de onze anos não conseguira), e desferiu um duro golpe no inimigo Irão.