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Guerra no Médio Oriente

Protestos em Gaza continuam e também têm como alvo o Irão, mas é cedo para declarar o fim do Hamas

A barreira do medo vai-se esbatendo e cada vez mais palestinianos criticam o movimento islamita que governa a Faixa de Gaza. É cedo, contudo, para pensar numa “primavera” libertadora

Ramez Habboub/Anadolu/Getty Images

“Acabou-se o governo do Hamas. O movimento islamita destruiu-nos. Estamos contra o governo repressivo que, se continuar assim, vai matar-nos a todos dentro de dois ou três anos. Do nosso ponto de vista, é preferível sermos governados pelos sudaneses”, declarou nas redes sociais Hisham Al-Barawi, mukhtar (chefe) de uma das famílias mais numerosas de Beit Lahia, no norte de Gaza. Participou em três dias de manifestações sem precedentes que invadiram as ruas em todas as cidades de Gaza.

A acrescentou Al-Barawi: “Exigimos ao Hamas que liberte todos os reféns e, em troca, Israel libertará os nossos presos. Não estamos contra o Hamas – são os nossos irmãos –, mas não podemos viver sob o seu governo e temos de içar bandeiras brancas.” Chegaram a circular rumores de que teria sido morto.