Pouco depois da vitória dos rebeldes na Síria, Donald Trump escreveu em letras maiúsculas, na sua rede social, Truth Social, que os Estados Unidos “não querem ter nada que ver” com o problema. “Não é a nossa luta. Deixem que se desenrole! Não se envolvam!”, escreveu. Mas talvez não seja possível ficar totalmente longe da Síria. Os interesses de Washington estão em jogo e o total abandono dos sírios, que acabam de derrotar um tirano, poderia prejudicar mais a reputação do novo Presidente do que quebrar a promessa de afastar a América dos longínquos cenários de guerra.
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EUA e o futuro da Síria: o conflito entre entre “ser duro” e “seguir o instinto”. Qual dos Trumps vencerá?
Os sírios acabaram de destronar um tirano, mas o país está longe de ter Governo estável. Há zonas onde a lei é imposta por milícias civis e o Daesh espreita. Será que o Presidente-eleito vai mesmo abandonar a Síria, retirando até os quase 1000 soldados dos Estados Unidos que lá estão? Ou será a luta contra o autoproclamado Estado Islâmico, cujos êxitos passados sempre reivindicou, uma oportunidade de autopromoção demasiado boa para desperdiçar?