Thanassis Cambanis, jornalista e autor de “A Privilege to Die: Inside Hezbollah's Legions and Their Endless War” ("O Privilégio de morrer: por dentro das legiões do Hezbollah e das suas guerras infinitas", em tradução livre) e de cinco outros livros sobre o Médio Oriente, lamenta que os Estados Unidos da América tenham abandonado todas as linhas vermelhas razoáveis, e garante que as autoridades israelitas e norte-americanas estão equivocadas quanto à forma de enfraquecer o Hezbollah. Em entrevista ao Expresso, o analista de assuntos do Médio Oriente acredita que a política libanesa se inclina para a afinidade com o Hezbollah, e que, por isso, dificilmente o Ocidente poderá reverter essa tendência. No entanto, Cambanis defende que é preciso perguntar que tipo de Estado os líderes mundiais querem ver no Líbano: forte ou fraco?
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“O Hezbollah tem mais poder do que alguma vez teve na sua História. É rico e poderoso, quase como um Estado”
Num território já atravessado por diversas crises nos últimos anos, soma-se uma nova invasão israelita. Esta é uma entrevista para compreender o “Estado falido” ou “fraco”, que é o Líbano, onde o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irão, continua a manter-se popular. É também uma entrevista sobre as “ilusões” alimentadas por Israel quanto à eficácia dos seus ataques. Thanassis Cambanis, autor de vários livros sobre o Médio Oriente, dilui alguns dos mitos sobre a região