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Guerra no Médio Oriente

Duas potências militares no Médio Oriente no “fio da navalha”: Israel ou Irão, quem tem maior poderio militar?

As tensões no Médio Oriente estão extremamente elevadas, com a promessa que paira no ar: Israel quer retaliar o ataque iraniano da semana passada, com cerca de 180 mísseis balísticos na direção de cidades israelitas. Para já, a superioridade do Estado hebraico tem sido realçada, mas será que esse equilíbrio é imutável? Terá o Irão capacidade para infligir danos ao seu adversário? Como se traduz o poderio militar dos dois países?

Restos de um míssil balístico disparado pelo Irão contra Israel atingiram um colonato judaico em Ramallah, na Cisjordânia ocupada
Anadolu

Recorrendo a apenas uma fração das suas capacidades, Israel executou mais de 40 mil pessoas em Gaza (e alguns analistas alegam mesmo que o número pode ser muito mais elevado). A combater grupos proxy, como o Hamas, o Hezbollah e os Hutis, as Forças de Defesa de Israel (FDI) têm-se desdobrado em várias frentes. Em outubro, um dia depois de começar a guerra, a analista de defesa Kelly Grieco explicava ao Expresso que Israel tem uma das Defesas mais avançadas em termos de tecnologia, e também um dos Exércitos mais bem treinados do mundo.

Mas, no Médio Oriente, uma outra potência goza de uma conjuntura estratégica capaz de fazer frente ao poderio militar israelita. É precisamente o país que atacou cidades israelitas nos últimos dias. “O Irão utilizou mísseis avançados - como o Fateh e o Qader - para enviar uma mensagem a Israel de que Teerão tem capacidade para atacar Israel com mísseis e armas mais avançadas, e esta é uma mensagem que também foi enviada recentemente pelo Hezbollah, para dissuadir Israel de atacar o Irão ou alargar o âmbito, a amplitude e a profundidade dos potenciais ataques de Israel”, lembra, em declarações ao Expresso, Robert Rabil, investigador de temas do Médio Oriente da Florida Atlantic University e autor de vários livros sobre a região.