Guerra no Médio Oriente

Médio Oriente: Morte de Nasrallah era “condição essencial” para Israel “atingir objetivos de guerra”, diz Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse este sábado que a morte do líder do movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, Hassan Nasrallah, era uma "condição essencial" para que Telavive atingisse os seus objetivos de guerra

Mural do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah (ao centro), paredes meias com um edifício bombardeado por Israel, em Beirute
MARWAN NAAMANI / GETTY IMAGES

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, congratulou-se com a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

O Hezbollah confirmou este sábado a morte de Nasrallah horas depois de o exército israelita ter anunciado que o líder xiita libanês pró-iraniano tinha morrido no bombardeamento da sede da organização realizado na sexta-feira, nos subúrbios sul de Beirute.

Nas mesmas declarações, Netanyahu disse que as mortes de outros comandantes importantes do Hezbollah não foram suficientes e que ele próprio decidiu que Nasrallah também precisava de ser eliminado.

Israel já tinha matado em 20 de setembro o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute, em que morreram também 16 outros membros do Hezbollah e dezenas de civis.

No final de julho, num outro atentado à bomba em Beirute, foi morto o então número dois do Hezbollah, Fuad Shukr.

O governante israelita acusou Nasrallah de ser "o arquiteto" de um plano para "aniquilar" Israel.

Nas mesmas declarações, Netanyahu afirmou que, após a eliminação de Nasrallah, Israel está determinado "a continuar a atacar" os seus inimigos, que o país está num "ponto de viragem histórico" e que "acertou as contas".

Também defendeu que a morte de Nasrallah "faz avançar" o regresso dos reféns de Gaza, onde trava uma guerra com o grupo islamita palestiniano Hamas, aliado do Hezbollah, desde outubro de 2023.

Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.