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Guerra no Médio Oriente

Negociações sobre cessar-fogo em Gaza sobreviveram a 48 horas de diálogo e prosseguem na próxima semana: “Cruzem os dedos”, pede Joe Biden

Terminaram em Doha, no Catar, dois dias de negociações indiretas entre Israel e o Hamas com vista a um cessar-fogo na Faixa de Gaza. As conversações decorreram “em ambiente positivo” e deverão ser retomadas “antes do final da próxima semana” no Cairo, a capital do Egito. Esta sexta-feira, os Estados Unidos apresentaram uma nova proposta para tentar colmatar lacunas e estabelecer pontes entre as duas partes

Destruição total, no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza
OMAR AL-QATTAA / AFP / Getty Images

As conversações indiretas, entre Israel e o Hamas, com vista a uma trégua na Faixa de Gaza sobreviveram a dois dias de trabalhos em Doha, a capital do Catar. O diálogo “foi sério e construtivo e decorreu num ambiente positivo”, esclareceu um comunicado divulgado esta sexta-feira.

O documento, elaborado por Estados Unidos, Catar e Egito — os três países mediadores neste processo —, anunciou uma pausa nas conversações políticas. “Altos funcionários dos nossos governos voltarão a reunir-se no Cairo antes do final da próxima semana com o objetivo de concluir o acordo nos termos hoje apresentados”, acrescentaram.

“Estamos mais próximos do que nunca, mas ainda não chegámos lá. Não quero azarar... podemos ter alguma coisa. Mas ainda não chegámos lá. Está muito, muito mais perto do que parecia há três dias. Por isso, cruzem os dedos”

Joe Biden, Presidente dos EUA, esta sexta-feira

Esta sexta-feira, foi colocada sobre a mesa uma nova proposta que “baseia-se em áreas de acordo da semana passada e colmata lacunas remanescentes de uma forma que permite uma implementação rápida do acordo”.

Pela primeira vez em mais de dez meses de guerra, é proposta uma “cessação permanente das hostilidades”, que inclui a retirada militar israelita completa da Faixa de Gaza e o regresso de todos os reféns vivos.