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Guerra no Médio Oriente

Ameaças, receios e conversações de última hora: a longa espera antes do próximo embate entre Israel e o Irão

O Irão tem prometido um ataque a Israel, em retaliação pelo atentado que vitimou o líder do Hamas, há uma semana, em Teerão. O movimento islamita Hezbollah, aliado do regime iraniano, diz que ambos estão obrigados a responder “quaisquer que sejam as consequências”. Quando, como e de que forma é a grande incógnita

Mural revolucionário na Praça da Palestina, em Teerão
ABEDIN TAHERKENAREH / EPA

Em abril passado, o Irão demorou 12 dias a ripostar ao bombardeamento por Israel do seu consulado em Damasco, capital da Síria. Esse ataque provocou a morte de dois generais da Força Quds, unidade de elite dos Guardas da Revolução Iraniana. A retaliação de Teerão envolveu o disparo de mais de 300 mísseis e drones contra território de Israel — o primeiro ataque direto entre ambos.

Por estes dias, o Médio Oriente está em suspenso, à espera da resposta do Irão ao atentado de há uma semana, na capital iraniana, que vitimou o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, que ali se deslocara para assistir à tomada de posse do novo Presidente da República Islâmica, Mahmoud Pezeshkian. Ainda que Israel não tenha reivindicado a ação, ao contrário do que fez relativamente ao atentado em Damasco, o Líder Supremo do Irão responsabilizou o Estado judeu e prometeu vingança.