Neste domingo, um ataque aéreo israelita atingiu o complexo da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) em Gaza, causando a morte de pelo menos oito pessoas, segundo a Al Jazeera. O ataque também provocou ferimentos em muitas outras pessoas e danificou significativamente as instalações, que desempenham um papel crucial na distribuição de ajuda humanitária e no abrigo de palestinianos deslocados.
O ataque teve como alvo o norte da Faixa de Gaza, onde se situa a sede da UNRWA. Esta instalação tem sido uma tábua de salvação para muitos habitantes de Gaza, distribuindo a limitada ajuda humanitária que chega ao enclave em conflito. Na altura do ataque, centenas de pessoas deslocadas pela invasão militar israelita em curso procuravam refúgio no recinto.
O exército israelita justificou o ataque alegando que o edifício estava a ser utilizado como "escudo para atividades terroristas" do Hamas e da Jihad Islâmica Palestiniana.
Israel acusado de utilizar palestiniano como escudo-humano
As forças israelitas são acusadas de usar um homem palestiniano como escudo humano após uma intervenção em Jenin, na Cisjordânia. O palestiniano, visivelmente ferido, foi atado ao capot de um veículo militar.
O exército israelita, citado pela Al Jazeera, afirmou que as forças israelitas foram alvo de disparos e trocaram tiros, ferindo um suspeito e prendendo-o. "O suspeito foi levado pelas forças enquanto estava amarrado em cima de um veículo", afirma em comunicado, acrescentando que os soldados violaram o protocolo militar. "A conduta das forças no vídeo do incidente não está de acordo com os valores" das forças armadas israelitas e que o incidente será investigado e tratado, sublinharam as forças israelitas.
Mais tarde, os soldados israelitas libertaram o palestiniano, permitindo que os paramédicos o transportassem para o hospital, onde foi levado para a sala de operações, de acordo com a Al Jazeera.
Hezbollah divulga imagens das forças armadas de Israel
O Hezbollah divulgou imagens captadas através de um drone que, segundo a milícia xiita libanesa, mostra locais sensíveis das forças armadas de Israel, incluindo zonas militares na cidade de Haifa, no norte do país, numa altura em que se teme uma guerra total entre as duas partes.
Protestos anti-governo em Tel Aviv
Dezenas de milhares de israelitas protestaram em Telavive exigindo um acordo de cessar-fogo em Gaza e o regresso dos reféns detidos pelo Hamas, noticiou a BBC.
Segundo os organizadores, trata-se do maior protesto antigovernamental desde o início da guerra em Gaza.
As manifestações tornaram-se semanais e os manifestantes também querem novas eleições. Os familiares dos reféns do Hamas encontravam-se entre os manifestantes, cerca de 120 israelitas continuam detidos em Gaza.
As autoridades de Gaza afirmam que a ofensiva israelita já matou mais de 37.400 pessoas.