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Guerra no Médio Oriente

“É o confronto dos dois extremos: da esquerda, pela Palestina, e da direita israelita. Nenhum oferece uma solução"

Amiga de Vivian Silver, uma pacifista israelita envolvida nos esforços de paz que morreu nos ataques do 7 de outubro, Jo-Ann Mort garante que muitos concidadãos estão a agarrar-se à solução de dois Estados como esperança para seguir em frente. É o seu caso. “Conheci algumas famílias de reféns, e é horrível”, afirma a autora, ativista e jornalista, que, nesta entrevista ao Expresso, expõe as contradições dos manifestantes pró-Palestina e dos que não acreditam na existência do Estado de Israel

"Sete milhões de pessoas não vão sair do país onde vivem, e que formaram"
SOPA Images

No início, foi a favor da guerra - “não consigo imaginar nenhuma nação que não tivesse feito alguma coisa após o 7 de outubro” -, mas rapidamente mudou de opinião. Jo-Ann Mort, coautora de “Os nossos corações inventaram um lugar: os kibutzim podem sobreviver no Israel de hoje?”, é jornalista, mas faz ouvir as suas posições políticas. Escreve frequentemente sobre Israel para publicações dos EUA, Reino Unido e também para jornais israelitas. Nesta entrevista dada ao Expresso, a autora garante que a saída para a guerra no Médio Oriente é política e não militar: “Uma solução séria de dois Estados. Isso é realmente o que o Hamas mais teme, porque isso esvazia o grupo e implica que eles não fazem parte da resposta.”