Guerra no Médio Oriente

Sete palestinianos mortos em confrontos com soldados de Israel em Jenin

Desde janeiro, pelo menos 184 palestinianos foram mortos por disparos israelitas na Cisjordânia, incluindo 30 menores, segundo o balanço da agência de notícias espanhola EFE

GIL COHEN-MAGEN / AFP / GETTY IMAGES

Sete cidadãos palestinianos morreram hoje em confrontos com o Exército de Israel no campo de refugiados de Jenin no norte da Cisjordânia.

De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, nove pessoas ficaram feridas na sequência dos mesmos confrontos.

Entre os mortos conta-se um cirurgião do hospital de Jenin, Aseed Jabareen, "atacado no acesso ao centro médico", o professor Allam Jadarat e um aluno, que se encontravam numa escola, disse o diretor do hospital, Wissam Bakr, citado pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.

De acordo com a Wafa, as forças israelitas invadiram o campo de Jenin, entrando nas ruas centrais com veículos militares blindados, dando início a confrontos armados tanto no campo como nos bairros circundantes e na aldeia vizinha de Burqin.

A Cisjordânia ocupada está a viver os mais graves momentos de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005).

Desde janeiro, pelo menos 184 palestinianos foram mortos por disparos israelitas, incluindo 30 menores, segundo o balanço da agência de notícias espanhola EFE.

Do lado israelita, 10 pessoas foram mortas em oito ataques palestinianos desde o início do ano, incluindo quatro militares e seis civis, três dos quais colonos.

Em 2023, o ano mais mortífero das últimas duas décadas morreram 520 palestinianos em confrontos na Cisjordânia.

O exército israelita intensificou as incursões na Cisjordânia ocupada após o ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 contra território de Israel.

O campo de refugiados de Jenin foi estabelecido em 1953 para albergar cidadãos palestinianos obrigados a abandonar os locais de residência originais durante a guerra de 1948.