Guerra no Médio Oriente

Primeiro-ministro de Israel reitera a Blinken intenção de atacar Rafah

Netanyahu continua a defender que não é possível derrotar o Hamas sem uma ofensiva em Rafah. Estados Unidos opõem-se à decisão de Israel e esperam que o país não avance com a decisão

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém a 7 de fevereiro
GPO/Amos Ben Gershom HANDOUT

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse, esta sexta-feira, ao secretário de Estado dos norte-americano, Antony Blinken, que Israel pretende realizar uma ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mesmo sem apoio de Washington.

"Eu disse que não tínhamos a possibilidade de derrotar o Hamas sem entrar em Rafah e eliminar os batalhões restantes. Eu disse-lhe que esperava fazer isso com o apoio dos Estados Unidos, mas, se for necessário, faremos sozinhos", afirmou o chefe do Governo israelita em comunicado após o seu encontro em Telavive com o chefe da diplomacia norte-americana.

"Disse-lhe que apreciava muito o facto de termos estado unidos na guerra contra o Hamas durante mais de cinco meses. Disse-lhe também que reconhecemos a necessidade de retirar a população civil das zonas de guerra e de cuidar das necessidades humanitárias. E é claro que estamos a trabalhar nesse sentido", acrescentou Netanyahu.

Os dois dirigentes conversaram cerca de 40 minutos esta manhã.

Além da urgência de aumentar a ajuda humanitária no território palestiniano, os Estados Unidos defendem que Israel deveria abster-se de lançar uma grande ofensiva terrestre em Rafah.

Na grande cidade do sul do enclave palestiniano encontram-se cerca de 1,5 milhões de pessoas, segundo a ONU, a grande maioria deslocadas pela guerra desencadeada entre Israel e o grupo islamista.