Na sua estreia em viagens diplomáticas, Javier Milei tornou-se o primeiro dirigente latino-americano a visitar Israel após os ataques do Hamas em 7 de outubro. Entre os reféns sequestrados pelo movimento terrorista nesse dia, 10% eram argentinos. Esta quinta-feira, terceiro dia da visita, os presidentes argentino e israelita visitaram o kibbutz Nir Oz, a quilómetro e meio da fronteira com Gaza, símbolo do ataque terrorista de há quatro meses.
Das 136 pessoas que o Hamas mantém, 12 são argentinas. Duas são crianças e uma é um bebé de um ano de idade, sequestrado quando tinha oito meses. Outros nove argentinos foram resgatados e nove morreram nos atentados. Fora Israel, nenhum outro país no mundo teve tantos cidadãos como vítimas. Milei terá um encontro com parentes dos mortos e raptados.
Quarta-feira, durante a reunião com o chefe de Estado argentino, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agradeceu-lhe o “apoio inabalável ao direito de Israel se defender”, a decisão de mudar a embaixada da Argentina para Jerusalém e a declaração do Hamas como organização terrorista. “Estou muito satisfeito por recebê-lo, Presidente Milei. É um grande amigo do Estado judeu. Estamos muito satisfeitos com a sua decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de transferir o seu posto diplomático para lá”, agradeceu Netanyahu, carente de dirigentes mundiais que apoiem de forma irrestrita a guerra contra o Hamas, que, ao usar civis como escudos, já fez 28 mil vítimas palestinianas, a maioria mulheres e crianças.