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Guerra no Médio Oriente

“É uma cidade terrorista subterrânea”: Israel garante ter encontrado o maior túnel do Hamas. Como é por dentro? (com vídeo)

Israel garante ter descoberto o maior túnel de Gaza, com uma entrada de mais de três metros de diâmetro e largura suficiente, em algumas das suas ramificações, para permitir a circulação de um carro normal. No total, este túnel tem cerca de quatro quilómetros de comprimento e foi escavado a 50 metros de profundidade. “Este não é um túnel qualquer. É uma cidade. Uma cidade terrorista subterrânea", disse o porta-voz do exército israelita numa visita à Faixa de Gaza com alguns meios de comunicação. O túnel termina a cerca de 400 metros da passagem fronteiriça de Erez, e pode ter sido uma peça essencial no ataque de 7 de outubro

O Exército israelita anunciou ter descoberto o maior túnel do Hamas, com cerca de quatro quilómetros de comprimento e 50 metros de profundidade, situado em Erez, na fronteira a norte do enclave palestiniano
ATEF SAFADI

O Exército israelita anunciou ter descoberto este fim de semana aquele que diz ser o maior túnel do Hamas, com cerca de quatro quilómetros de comprimento e 50 metros de profundidade. Segundo Israel, o túnel termina perto de Erez, na fronteira norte do enclave palestiniano com o território israelita e foi uma das ferramentas essenciais no ataque de 7 de outubro.

O túnel, dentro do qual foram encontradas inúmeras armas, é uma peça-chave da extensa rede de túneis do grupo islamita, segundo a avaliação feita pelas Forças Armadas de Israel: tem eletricidade, ventilação, esgotos, redes de comunicação e linhas férreas, além de a sua estrutura ser bastante estável, reforçada com betão. Algumas artérias do túnel têm três metros de diâmetro.

Um vídeo de um carro em trânsito por um desses túneis, com o irmão do líder do Hamas sentado no lugar do passageiro, tornou-se viral. Esse homem é Mohamed Sinwar, o supervisor da construção deste túnel. O seu irmão, Yahya Sinwar, é o número um do Hamas e, no dia 7 de outubro, terá sido por aqui que conduziu alguns dos seus homens até ao ataque final em território israelita, onde 1200 pessoas foram assassinadas no pior dia da história do povo judeu desde o Holocausto.