Estrangeiros que ficaram em Gaza quando eclodiu a guerra após o ataque do Hamas contra Israel, a 7 de outubro, começam a sair do território palestiniano esta quarta-feira. “Um primeiro grupo de pessoas com passaportes estrangeiros vai atravessar o terminal de Rafah para o Egito na quarta-feira”, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) um funcionário do terminal de Rafah, que pediu para não ser identificado.
Esta fonte não deu pormenores sobre o número de pessoas nem o momento da passagem. Segundo embaixadas estrangeiras, cidadãos de 44 países e 28 agências, organizações oficiais e organizações não governamentais estrangeiras encontram-se na Faixa de Gaza.
Em Rafah, no lado egípcio, os canais de televisão próximos dos serviços secretos mostraram imagens em direto de uma fila de ambulâncias a entrar no terminal, estando prevista, durante o dia, a transferência de 81 palestinianos feridos para hospitais egípcios, de acordo com funcionários egípcios e palestinianos.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, mais de 8500 pessoas morreram e milhares ficaram feridas nos bombardeamentos israelitas, realizados em represália pelo ataque do 7 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos.
Um responsável médico da cidade egípcia de Al-Arich, cerca de 40 quilómetros a oeste de Rafah, disse na terça-feira à AFP que “foi instalado um hospital de campanha de 1300 metros quadrados em Sheikh Zueid”, cerca de dez quilómetros a oeste de Rafah.
Em Washington, terça-feira à noite, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, referiu “muito bons progressos” na questão da possível passagem através de Rafah de americanos e cidadãos com dupla nacionalidade retidos em Gaza.