Paul Rogers passou “um bom tempo” em Israel, na parte oriental de Jerusalém, na Cisjordânia e em Gaza. “Tinha toda uma geração de estudantes de pós-graduação, entre Israel e Palestina, cujos trabalhos supervisionei. Muitos palestinianos estavam preparados para desistir das suas vidas, e os israelitas sofriam muito. Havia tensões muito elevadas.” Foi há “alguns anos”, diz, sem pormenorizar. Mas tudo se agravou recentemente. “É uma crise muito grave, que está a custar um enorme número de vidas e um grande sofrimento a ambos os lados, agora sobretudo do lado palestiniano.”
O britânico que dá palestras sobre segurança internacional e é professor emérito de Estudos da Paz na Universidade de Bradford explica, nesta entrevista ao Expresso, por que motivo a incursão militar israelita em Gaza não vai resultar. No final da guerra, haverá um “novo grupo de jovens para o Hamas, se este sobreviver, ou para uma organização equivalente que comece depois”.