Dentro de aproximadamente um mês, passará mais um ano sobre um acontecimento que, há décadas, marca a psique de israelitas e palestinianos de forma contrastante. A 29 de novembro de 1947, na Assembleia Geral das Nações Unidas, foi aprovada a resolução 181 que dividiu o território da Palestina (sob mandato britânico) num Estado judeu e noutro árabe.
Para o povo judeu foi a concretização de um sonho bíblico — um lar na Terra Santa. Para os árabes, foi uma “catástrofe” (nakba, como ainda hoje se referem a essa partilha) já que determinou a expulsão de mais de 700 mil pessoas das casas onde viviam.
Hoje, os refugiados palestinianos registados junto das Nações Unidas, à espera que lhes seja reconhecido o direito de regresso às terras de onde os seus antepassados tiveram de fugir, abrangem quatro gerações e andam à volta de 5,9 milhões.