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Guerra no Médio Oriente

“Não há tempo para mais nada a não ser para a guerra”: reportagem entre os militares israelitas que cercam a Faixa de Gaza

À medida que se aperta o cerco a Gaza e enquanto tarda a invasão do território por terra, Israel lambe as feridas do ataque e 7 de outubro e põe de molho a contestação a Benjamin Netanyahu

Blindado das forças israelitas na zona de fronteira com a Faixa de Gaza
Manuel de Almeida

Pedro Sousa Pereira (Texto) e Manuel Almeida (Fotos)*

Israel chama “Sabre de Ferro” à operação militar de resposta contra o Hamas desencadeada a 7 de outubro. Na prática, reforçou um cerco de grande envergadura à Faixa de Gaza, nomeadamente frente a Beit Lahiya e à cidade de Gaza, no norte do território palestiniano, e mais a sul, posicionando forças no deserto ao longo do deserto do Neguev.

As forças de infantaria contam com o apoio de “300 mil reservistas” que, segundo o Governo de Israel, estão em prontidão de combate, com mais de 500 blindados: tanques, veículos de transporte de tropas e carros de apoio direto cercam o norte da Faixa de Gaza.

A artilharia de campanha israelita está apontada para o território controlado pelo Hamas, onde sobrevivem mais de um milhão de civis palestinianos. Os tanques mantêm os canhões apontados para o enclave.