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Guerra no Médio Oriente

Rafah é o último ponto de passagem para sair de Gaza. Que condições e vontade tem o Egito para abrir a porta aos palestinianos?

Com fronteiras a limitar o movimento dos cerca de dois milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza em condições humanitárias cada vez mais graves, Rafah é o ponto que resta para sair. Os esforços diplomáticos ainda não permitiram que as portas se abrissem. Analistas sugerem que Egito tema que os palestinianos a quem permitir a entrada nunca regressem a Gaza

EPA / HAITHAM IMAD

As saídas da Faixa de Gaza são altamente limitadas. Junto à costa, a marinha israelita impôs limites de navegação. O aeroporto do território está em ruínas há mais de 20 anos. Dos três pontos de passagem terrestres, apenas um não é diretamente controlado por Israel: Rafah. Trata-se de um ponto de passagem para o Egito, destinado a pessoas e bens.

Numa altura em que mais de dois milhões de pessoas vivem sob ataques israelitas em retaliação pelas ações do movimento islamita Hamas – e um cerco imposto por Israel, que pretendia deixar a Faixa de Gaza sem eletricidade, comida, água e combustíveis –, Rafah é a esperança que resta tanto a quem quer fugir do território como para lá fazer chegar ajuda humanitária. Para já, a passagem permanece fechada.