Exclusivo

Guerra no Médio Oriente

Os tanques estão em Gaza, mas Israel está de olho no Líbano

Abertura de nova frente de guerra preocupa o recém-formado Governo de emergência nacional, a que aderiu a oposição centrista. Memórias das guerras dos Seis Dias (1967) e de Yom Kippur (1973) servirão de ensinamento

Tanques Merkava israelitas posicionados na aldeia de Metula, perto da fronteira libanesa
JALAA MAREY/AFP/Getty Images

Os nervos estão à flor da pele em Israel. Quarta-feira à noite, o Comando de Proteção Civil mandou para os refúgios dois milhões de israelitas que vivem entre a cidade de Haifa e a fronteira com o Líbano. Receava-se que terroristas de Hezbollah, grupo libanês pró-iraniano, se tivessem infiltrado em Israel, como fizeram, no sábado passado, 1500 homens do braço armado do Hamas. Por outro lado, havia rumores de que um drone fora lançado pelo Hezbollah, penetrando no espaço aéreo israelita.

Pouco depois, o porta-voz do exército israelita anunciou que nem uma coisa nem outra tinham acontecido. Houve uma falha no sistema de alarmes. Quase toda a gente abandonou os abrigos, embora alguns tenham decidido dormir neles. Não fosse o diabo tecê-las.