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Médio Oriente

Violência contra drusos na Síria: “Estou a falar consigo enquanto procuro sítio para onde ir. A casa foi queimada”

Os drusos da Síria consideram-se alvos diretos das forças de segurança ligadas ao Governo, e já não acreditam nas boas intenções do Presidente, que continuam a tratar pelo nome que tinha quando era dirigente da rede terroristaa Al-Qaeda: Mohamad al-Jolani, em vez do nome real, Ahmed al-Sharaa, que este retomou ao assumir o poder. A violência sectária contra as minorias sírias continua descontrolada e na província de Sweida, onde vive a maioria dos drusos do país, pede-se a descentralização

No sul da Síria, Suwayda foi tomada por confrontos entre grupos armados drusos e beduínos
IZETTIN KASIM / ANADOLU / GETTY IMAGES

Ainda não é seguro entrar em Sweida, a província de maioria drusa no sul da Síria, e os meios de comunicação, mesmo os que têm correspondentes naquele país do Médio Oriente, têm contado o que se passa dentro da província através de telefonemas e videochamadas com quem não conseguiu, ou não quis, sair das suas cidades, onde falta água, luz, comida e, sobretudo, segurança, que o Governo do Presidente sírio, Ahmad al-Shaara, não está a conseguir garantir.

Pelo menos 1200 pessoas morreram numa semana de combates entre os drusos e tribos beduínas. A agência das Nações Unidas para as Migrações calcula o número de deslocados em quase 130 mil.