“Estás a ver aquela casinha? Era de Jolani, quando cá vivia.” Abdala aponta com o dedo uma pequena casa isolada numa montanha, à qual se acede por um tortuoso caminho de pedra, com partes em terra batida. O homem a quem se refere é Ahmed al-Sharaa, Presidente da Síria, que dava pelo nome Abu Mohammad al-Jolani quando chefiava o movimento islamita Hay’at Tahrir al-Sham (HTS, Organização pela Libertação do Levante), que em dezembro último derrubou a ditadura de Bashar al-Assad.
É uma habitação muito modesta, de um só piso. Nem sequer está totalmente pintada. Divide-se em duas partes. Uma é acinzentada, cor que lhe é dada pelo próprio cimento, tendo uma pequena janela e uma segunda divisão que não lhe ocupa toda a superfície, e que passaria por ser mais um quarto anexo, embora fosse utilizada como posto de vigilância; a outra parte, pintada de branco, tem quatro janelas.