As primeiras horas foram de uma alegria contagiante. Depois, a nuvem da incerteza que pairava caiu de uma assentada sobre os sírios no país em ebulição, e nos seus familiares e amigos que se encontram espalhados pela Europa. O grupo rebelde HTS (sigla árabe de Organização pela Libertação do Levante) conseguiu pôr fim fim a mais de 50 anos de ditadura da família Assad, mas a queda de Damasco também ocorre depois de uma guerra de 13 anos, durante a qual milhões de sírios foram deslocados à força dentro do país ou forçados a atravessar as fronteiras para reconstruírem as suas vidas.
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Países europeus já estão a alterar políticas de asilo de refugiados sírios: “A proteção cessa se houver uma alteração no país de origem”
Alguns países da Europa já anunciaram que vão suspender a atribuição de estatuto de requerente de asilo a refugiados sírios. Há até ameaças de deportação, que começaram a surgir logo nos primeiros dias após a queda do regime de Bashar al-Assad. Fará sentido a mudança de políticas, motivada em grande parte pela influência da extrema-direita nos sistemas partidários?