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Médio Oriente

Síria: quem são e o que desejam os rebeldes? Não são “a oposição democrática que sonhámos”, mas são “melhor alternativa ao regime de Assad”

O regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, está em guerra com várias forças rebeldes desde 2011. Agora, um grupo difuso de fações antirregime parece estar a avançar no terreno com relativa facilidade. Quem são? O que desejam? São jiadistas ou moderados? E o Irão que tem que ver com esta guerra? E Israel? O cientista político sírio Mazen Hassoun ajuda a responder

Rebeldes tentam rasgar um cartaz com a cara do Presidente Assad, perto do aeroporto internacional de Idlib, controlado pelos rebeldes no início de dezembro de 2024
Anadolu

A guerra na Síria estava congelada em termos de avanços territoriais, apesar das mortes de civis e dos focos de luta esporádicos. O que é que mudou nos últimos dias?

Quase tudo. Foi um “avanço meteórico” das forças que se opõem ao Presidente Bashar al-Assad, escreveu o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), um grupo de analistas sírios sediado em Londres que publica diariamente atualizações sobre a situação na Síria. Segundo os meios de comunicação internacionais, Alepo, a segunda cidade síria, já está nas mãos dos rebeldes e pelo menos 50 localidades foram conquistadas pelo exército de al-Assad, que admitiu, em comunicado, ter perdido “grande parte dos bairros de Alepo”. Neste momento, os combatentes da oposição afirmam, segundo a Al-Jazeera, estar a avançar para a cidade de Hama, a 45 quilómetros de Homs, no sul, e na direção de Damasco, a capital.