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Médio Oriente

Médio Oriente. Com a morte de Hassan Nasrallah, o que muda no Hezbollah, em Israel e no Irão?

Em muitos aspetos, Hassan Nasrallah era “maior que a vida”, uma inspiração para o mundo xiita e o da chamada resistência anti-Israel, dentro e fora do Líbano. O Hezbollah vai sofrer com a sua perda, mas os analistas que falaram com o Expresso afastam o cenário de capitulação do movimento nascido em 1982, precisamente como resposta a uma invasão de Israel. Se há 48h uma invasão terrestre de Israel parecia distante, agora estará menos. O que muda depois deste dia devastador para o “eixo da resistência”?

Apoiantes do partido xiita Hezbollah, numa concentração noturna, em Beirute
MARWAN NAAMANI / GETTY IMAGES

As reações dos líderes iranianos à morte de Hassan Nasrallah foram tão inflamadas como se esperavam. “Pela graça e pelo poder de Deus, os golpes desferidos pela Frente de Resistência contra o corpo desgastado e deteriorado do regime sionista tornar-se-ão ainda mais esmagadores”, afirmou o líder supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei, na rede social X. “O regime sionista de natureza imunda não se tornou vitorioso ao levar a cabo esta atrocidade.”