Nos últimos anos, as eleições no Irão tornaram-se num referendo à vitalidade da República Islâmica. Por contraponto, boicotar um ato eleitoral transformou-se na única forma possível de expressar oposição. Não foi diferente nas eleições presidenciais de sexta-feira passada, que ditaram uma segunda volta dentro de quatro dias entre o conservador Saeed Jalili e o reformista Masoud Pezeshkian.
À semelhança das legislativas de março passado e das últimas presidenciais, em 2021, a afluência ficou abaixo dos 50%, mesmo com o horário de encerramento das assembleias de voto a ir além da meia-noite. Com a taxa de participação a rondar os 40%, estas foram as eleições menos participadas de sempre desde a Revolução de 1979.