Médio Oriente

Exército israelita mata membro do Hamas e da Jamaa al Islamiya no Líbano

Um drone das forças armadas israelitas atacou um veículo que transportava um membro do Hamas no Líbano no Vale de Beqaa, no Líbano, informou o exército

LISI NIESNER/REUTERS

O Exército israelita informou este sábado que matou o membro do Hamas e do grupo sunita libanês Jamaa al Islamiya, Ayman Ratma, num ataque aéreo contra o seu veículo a 40 quilómetros da fronteira com o Líbano.

"Uma aeronave [não tripulada] da força aérea realizou um ataque preciso na área de Beqaa, no Líbano, para eliminar o terrorista Ayman Ratma, um membro-chave responsável pelo fornecimento de armas às organizações terroristas Hamas e Jamaa al Islamiya no Líbano", refere o Exército israelita, citado pela EFE.

Israel afirma que Ratma se preparava para atacar Israel imediatamente e que já tinha participado noutros ataques anteriores, sem oferecer provas ou dar detalhes a este respeito.

Até ao momento, o Hamas não comentou o assunto nem reivindicou Ratma como um dos seus membros.

Na quinta-feira, num outro ataque seletivo contra um veículo, Israel matou um membro do grupo xiita libanês Hezbollah que circulava no sul do Líbano.

Também hoje, o Exército disse ter encontrado um cidadão israelita morto a tiro numa cidade palestina no norte da Cisjordânia.

O anúncio de hoje ocorreu um dia depois de as forças israelitas terem matado a tiros dois militantes na mesma cidade da Cisjordânia.

Nenhum detalhe adicional foi divulgado.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita de 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Telavive lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 37 mil mortos e mais de 85 mil feridos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas desde 2007.

Calcula-se ainda que 10 mil palestinianos permanecem soterrados nos escombros após cerca de oito meses de guerra.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Também na Cisjordânia e em Jerusalém leste, ocupados por Israel, pelo menos 520 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou por ataques de colonos desde 07 de outubro.