A morte do Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, há quase um mês, num acidente de aviação, antecipou em um ano a 14.ª eleição presidencial desde a Revolução Islâmica de 1979. A ida as urnas está marcada para 28 de junho.
O Conselho de Guardiães teve mão pesada e, dos 80 nomes que se registaram para ir a votos, aprovou apenas meia dúzia. Composto por seis teólogos nomeados pelo Líder Supremo e por seis juristas designados pelo chefe do sistema judicial, este Conselho é o órgão mais influente da estrutura de poder no Irão. Além dos candidatos à presidência, aprova também os deputados e membros da Assembleia de Peritos, que nomeia o Líder Supremo.
Dos seis nomes que passaram no crivo para as eleições, cinco são conservadores e um está identificado com a ala reformista, o que é novidade em relação às últimas presidenciais, nas quais não houve reformistas a ir a votos. A autorização da candidatura de Masoud Pezeshkian — antigo ministro que, não raras vezes, aponta o dedo ao regime — provocou alguma surpresa, mas há uma razão maior do que todas as outras para que o seu nome seja opção…