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Médio Oriente

Palestina volta a tentar adesão plena à ONU: “É o primeiro passo para ser reconhecida como Estado”

Treze anos depois, a Palestina retomou oficialmente o processo para se tornar um membro de pleno direito das Nações Unidas. Mas, tal como aconteceu em 2011, não é certo que haja consenso entre os membros da ONU. Perguntas e respostas sobre o que está em causa

Conselho de Segurança da ONU
JUSTIN LANE / EPA

Foi em 2011 que a Palestina apresentou pela primeira vez o pedido de adesão plena à Organização das Nações Unidas (ONU). Esta terça-feira — e à boleia do novo Governo empossado no fim de semana — a Autoridade Nacional Palestiniana retomou oficialmente o processo para se tornar um membro de pleno direito. Ao fim de todos estes anos, “é o primeiro passo para ser reconhecida como Estado”, afirma Maria João Tomás, professora do ISCTE e especialista na região do Médio Oriente.

Por que é que a Palestina quer aderir à ONU?

Em plena guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, o embaixador palestiniano para as Nações Unidas, Riyad Mansour, entregou uma carta dirigida ao secretário-geral António Guterres a pedir ao Conselho de Segurança da ONU que analisasse ainda este mês o pedido de adesão feito há 13 anos.

De acordo com Riyad Mansur, citado pela agência de notícias France-Presse, a agressão israelita é exatamente um dos motivos pelos quais a Palestina quer passar de Estado observador (estatuto que recebeu em 2012) a membro de pleno direito o mais rápido possível.

Ora um dos principais objetivos da organização é “manter a paz e a segurança internacionais e, para esse efeito, tomar medidas coletivas eficazes para prevenir e eliminar as ameaças à paz e para reprimir os atos de agressão ou outras violações da paz”, tal como se lê na Carta das Nações Unidas.