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Médio Oriente

Um Ramadão triste e tenso: EUA apelam a Israel “para facilitar o acesso ao Monte do Templo para cerimónias religiosas pacíficas”

Ramadão começa no domingo, mas este ano o período mais sagrado para os muçulmanos está ensombrado pela guerra em Gaza

A mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, é ao mesmo tempo sagrada para os muçulmanos e para os judeus
Ammar Awad/Reuters

Ditou o calendário lunar que o Ramadão deste ano comece ao pôr do sol no dia 10 de março: o Ramadão é o nono mês no calendário lunar islâmico, e começa e acaba com o quarto-crescente, durando 29 ou 30 dias – este ano terminará ao pôr do sol do dia 9 de abril, quando começarão as festas do Eid al-Fitr, marcado por vários dias de feriado em todo o mundo muçulmano. Porque o calendário islâmico é mais curto que o calendário Gregoriano convencional, o Ramadão avança todos os anos 10 a 12 dias no nosso calendário – em 2025 este período sagrado começará no dia 28 de fevereiro, por exemplo.

O Ramadão marca a data em 610 AD, quando Deus (Allah) revelou o Corão – o livro sagrado, ao profeta Maomé. Essa noite, a “noite do poder” (Laylat al-Qadr), é uma das mais sagradas do ano, e é comemorada no 27.° dia do Ramadão.

Mais conhecido no mundo ocidental pelo período do jejum de sol a sol (Sawm em árabe), o Ramadão é muito mais do que isso – é um período festivo e de reflexão, com períodos de oração (Salah), e um forte sentido de comunidade. É geralmente dominado por reuniões familiares e refeições festivas (Iftar) no fim de cada dia de jejum, pela solidariedade e pelo reatar dos laços entre a imensa comunidade (Ummah) muçulmana em todo o mundo. Todos os muçulmanos, sunitas ou xiitas, celebram com orgulho e esperança este mês sagrado, que é também um mês de regeneração.