Internacional

Mãe de Asunta aceita submeter-se a exames psiquiátricos

Quase três meses após o fim do segredo de justiça no caso de Asunta Basterra, a criança que terá sido assassinada pelos pais em Santiago de Compostela, as páginas do processo quase duplicaram.

A advogada galega Rosario Porto, suspeita de ter assassinado a filha de 12 anos Asunta Basterra, no passado dia 21 de setembro, já retomou as sessões de um exame psiquiátrico forense para determinar se sofre de algum desequilíbrio mental ou se tem perfil de homicida.

Segundo informa o jornal "La Voz de Galícia", Rosario Porto realizou na terça-feira a quinta sessão do exame realizado pelo Instituto de Medicina Legal de Galicia, depois de ter voltado a aceitar submeter-se à análise psiquiátrica.

No dia 24 de janeiro, o Tribunal Supremo de Justiça da Galiza tinha decretado a  suspensão do exame psiquiátrico, confirmando que a acusada, enquanto advogada, podia exercer a codefesa no processo, mas o resultado da análise psicológica a Rosario Porto poderá levar agora à alteração da defesa no caso.

Novos dados no processo

Quase três meses depois do fim do segredo de Justiça no caso de Asunta Basterra, as páginas do processo quase duplicaram, segundo a mesma fonte, mas mantêm-se muitas incertezas no caso.

Desde o dia 19 de novembro, quando o juiz instrutor aceitou divulgar os dados do processo somaram-se novas informações, como a análise dos conteúdos dos telemóveis dos pais de Asunta, Rosario Porto e Alfonso Basterra, ou a mancha de sémen encontrada na roupa da criança, cujo ADN levou à identificação de um novo suspeito.

Além deste homem, que prestou depoimentos, foram também ouvidos em tribunal uma irmã e outras testemunhas, que garantiram que este suspeito se encontrava a jantar num restaurante, em Madrid, a 21 de setembro, dia do crime.

Os pais da criança assassinada, Rosario Porto e Alfonso Basterra, são os principais suspeitos e ambos estão em prisão preventiva há quase quatro meses e meio.