Guerra na Ucrânia

Trump falou com Putin e diz que "não haverá paz imediata" na Ucrânia

O Presidente dos EUA disse ainda que na conversa, por telefone, Putin lhe transmitiu, “e com muita veemência", que “terá de ripostar ao recente ataque" dos ucranianos, aos aeródromos russos

Alex Wong

O Presidente norte-americano revelou hoje que manteve uma conversa com o homólogo russo, Vladimir Putin, que lhe transmitiu “com muita veemência” que pretende responder aos recentes ataques ucranianos, e admitiu que este telefonema não vai levar “à paz imediata”.

“Discutimos o ataque aos aviões russos estacionados [em aeródromos militares], por parte da Ucrânia, e também vários outros ataques que têm vindo a ocorrer de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que conduza à paz imediata”, indicou Donald Trump na sua rede Truth Social.

Segundo o líder da Casa Branca, durante a conversa de uma hora e 15 minutos, “Putin disse, e com muita veemência, que terá de ripostar ao recente ataque aos aeródromos” russos, numa operação surpresa das forças ucranianas no passado domingo.

A presidência da Rússia disse hoje que vai fazer tudo o que for possível para esclarecer os ataques ucranianos no domingo contra os aeródromos da aviação militar russa, que resultou na destruição de vários bombardeiros.

O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, disse que se tratou de um crime que vai ser investigado.

Na operação, com o nome "Spider's Web" ("Teia de Aranha"), "drones" ucranianos lançados a partir de camiões dentro da Rússia atacaram cinco aeródromos militares, dois dos quais na Sibéria, que foi pela primeira vez alvo de ataques das forças de Kiev.

A Ucrânia reclamou a destruição de um terço dos aviões militares da Rússia que integram um dos três elementos da estratégia nuclear de Moscovo, juntamente com os submarinos atómicos e os mísseis intercontinentais.